sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Paródia didática!
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Programa de Sociologia: UEM - Inverno/2010
1. O surgimento da Sociologia
1.1 A consolidação do capitalismo e as revoluções do século XVII e XVIII
1.2 A constituição da perspectiva sociológica e a análise da sociedade capitalista
2. Instituições sociais e as relações entre indivíduo e sociedade
2.1 Família
2.2 Religião
2.3 Escola
2.4 Estado
3. O trabalho e a produção social do mundo
3.1 Classes sociais
3.2 Estratificação social
3.3 As relações de trabalho em diferentes sociedades
3.4 Modos de produção
3.5 Transformações no mundo do trabalho
4. Poder, Política e Estado
4.1 Formação e transformações do Estado Moderno
4.2 Formação e transformações do Estado Brasileiro
4.3 Política e Sociedade: ideologia, dominação, representações de poder, cidadania e movimentos sociais
5. Desenvolvimento Econômico
5.1 As transformações no espaço urbano e rural
5.2 Desigualdades regionais
5.3 Desigualdades sociais
6. Diversidade Étnica
6.1 Cultura
6.2 Identidades
6.3 Grupos étnicos
7. Cultura midiática e relações sociais
7.1 Indústria cultural e cultura de massas
7.2 Gostos e estilos de vida
terça-feira, 16 de março de 2010
O HOMEM É UM ANIMAL SOCIAL
O cienasta alemão Werner Herzog trata justamente desse tema em seu filme O enigma de Kaspar Hauser, de 1974. Baseado no livro do austríaco Jacob Wassermann, ele mostra como um homem criado longe de outros seres de sua espécie é incapaz de se humanizar, não conseguindo desenvolver aptidões e reações que lhe dêem identidade e possibilidade de interagir satisfatoriamente com seus semelhantes.
Portanto, para que um bebê humano se transforme em um homem propriamente dito, viver e se reproduzir como tal, é necessário um longo aprendizado, em que as gerações mais velhas transmitem às mais novas suas experiências e conhecimentos. Essa característica da humanidade dependeu, entretanto, da nossa capacidade de criar símbolos que constituem as linguagens, por meio das quais somos capazes de nos comunicar, transmitindo aos outros o legado de nossa experiência de vida, compartilhando os sentidos que a ela atribuímos.
Dessa forma, o homem, transmite suas experiências e visões de mundo utilizando a comunicação, estabelecendo-se uma íntima indentidade entre linguagem, experiência e realidade, que é a base do imaginário e do conhecimento humano.
Fonte:
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 2005.
terça-feira, 9 de março de 2010
Greve na rede pública de Ensino!!!
Pela dignidade do Magistério
e pela qualidade da educação
Senhores pais, prezados alunos,
Você deixaria um estudante de medicina realizar uma cirurgia em seus pais ou filhos em lugar de
um médico habilitado e experiente? Supomos que não. Então, por que o governo estadual permite e
incentiva que estudantes e pessoas não habilitadas ministrem aulas no lugar de professores habilitados?
Com uma simples prova, o governo decidiu quem pode ou não pode ministrar aulas, desconsiderando
aqueles que estudaram quatro ou cinco anos para serem professores. Com isto, não está respeitando a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que determina que somente professores habilitados podem ministrar
aulas. Muitos estudantes, tecnólogos e bacharéis estão ocupando essas funções.
Mas não é só isso! Todos nós percebemos que a rede estadual de ensino está um caos. As escolas
estão desaparelhadas e os professores, desmotivados. O governo do Estado parece ver os professores como
adversários e não como profissionais que merecem ser valorizados e bem remunerados. Acumulamos muitas
perdas ao longo dos anos, pois não há uma política salarial, mas apenas bônus e gratificações.
Vocês vêem a forma desmazelada com que o governo trata as escolas estaduais. No ano passado,
foram até distribuídos materiais com erros grosseiros, palavrões e temáticas inadequadas para os nossos
alunos.
O governo mente na sua propaganda. Onde estão as escolas com dois professores em sala de
aula? Onde estão os laboratórios de informática abertos nos fins de semana com monitores?
Através de provas e avaliações, o governo discrimina professores, não garante cursos de formação
no local de trabalho, mantém salas superlotadas e não realiza concursos públicos. Hoje, 100 mil professores
(ou 48% do total) são temporários. Não é possível trabalhar bem nestas condições, o que prejudica
a qualidade do ensino.
Diante de tanto desrespeito, estamos dando um Basta! Queremos carreira justa, salário
digno, condições de trabalho e condições de ensino-aprendizagem para nossos alunos. Por isto, precisamos da
compreensão e do apoio de todos, pois, com a nossa luta, a qualidade do ensino vai melhorar.
Estamos em greve por tempo indeterminado, até que o governo negocie conosco o atendimento
de nossas reivindicações em busca da melhoria da escola pública.
Diretoria da APEOESP
quarta-feira, 3 de março de 2010
Diversidade cultural brasileira
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Sociologia e formação pessoal
Celina Fernandes Gonçalves Bruniera*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Em que medida a sociologia pode contribuir para a sua formação pessoal? Muitos diriam que essa ciência social, num currículo de ensino médio, tem a função de formar o "cidadão crítico". Mas essa justificativa - até porque a idéia de formar o cidadão crítico anda meio banalizada -, não é suficiente.
Pensar sobre esse tema significa uma oportunidade ímpar para se aproximar da sociologia como campo de saber e compreender algo de suas preocupações.
Vale a pena inserir nesse contexto o papel mais fundamental que o pensamento sociológico realiza na formação do jovem: a desnaturalização das concepções ou explicações dos fenômenos sociais.
Razões objetivas e humanas
Desnaturalizar os fenômenos sociais significa não perder de vista a sua historicidade. É considerar que eles nem sempre foram assim. É perceber que certas mudanças ou descontinuidades históricas são fruto de decisões. Estas revelam interesses e, portanto, são fruto de razões objetivas e humanas.
A desnaturalização dos fenômenos sociais também depende de nos distanciarmos daquilo que nos rodeia e de que participamos, para focalizar as relações sociais sem estarmos envolvidos. Significa considerar que os fenômenos sociais não são imediatamente conhecidos.
Reconhecendo as causas
Para explicar um fenômeno social é preciso procurar as causas que estão além do sujeito, isto é, buscar as causas externas a ele, mas que têm implicações decisivas sobre ele.
Essas causas devem apresentar certa regularidade, periodicidade e um papel específico em relação ao todo social.
Aprender a observar
Uma aproximação em relação à sociologia, mesmo no ensino médio, exige que o aluno aprenda procedimentos mais rigorosos de observação das relações sociais. E, ainda, que saiba, pelo menos em alguma medida, como o conhecimento é elaborado nas ciências sociais.
Para compreender e formular explicações para os fenômenos sociais é preciso ter conhecimento da linguagem por meio da qual esse conhecimento é criado e comunicado.
Para trabalhar um tema
Os fenômenos sociais são conhecidos por meio de modelos compreensivos, ou explicativos, e mediante a contextualização desses modelos, com destaque para a época em que eles foram elaborados e para os autores com os quais um determinado autor dialoga.
Assim, trabalhar um tema (como violência, mundo do trabalho etc.) só é possível por meio de conceitos e teorias. É importante, também, que você conheça a articulação entre os conceitos e as teorias e saiba observar sua relevância para compreender ou explicar casos concretos (temas).
Vale lembrar também que os conceitos têm uma história e que não são palavras mágicas que explicam tudo, mas elementos do discurso científico que sintetiza as ações sociais para tentar explicá-las. E, ainda, é bom ter em mente que um conceito admite vários sentidos, dependendo do autor e da época em que ele é elaborado.
Teorias servem de base
Da mesma forma, é preciso compreender as teorias no contexto de seu aparecimento e posterior desenvolvimento. Isso é necessário tanto do ponto de vista de como essas teorias foram sendo assimiladas e desenvolvidas por outros autores, como em relação ao caráter das críticas feitas a elas.
Conhecer conceitos e teorias com o rigor necessário a um aluno do ensino médio consiste na única maneira possível de se distanciar e se aproximar dos fenômenos sociais e, assim, construir os fundamentos para a formação crítica.
*Celina Fernandes Gonçalves Bruniera é mestre em sociologia da educação pela Universidade de São Paulo e assessora educacional.